Para quem sofre com orelhas de abano e outras deformidades na orelha, a Otoplastia é a solução. A cirurgia de correção ajuda a melhorar a autoestima de quem não se sente satisfeito com o formato da região. Contudo, assim como acontece com qualquer procedimento médico, ela conta com diversos mitos e verdades.
Será que a orelha pode voltar a ser de abano depois da Otoplastia? Apenas adultos podem passar pela cirurgia? Ela interfere na audição?
Neste post, você vai entender o que é Otoplastia, além de conhecer 5 mitos e verdades por trás dela. Confira!
O que é Otoplastia?
É a cirurgia para correção de deformidades na orelha, e pode ser tanto estética quanto reparadora. As principais indicações para Otoplastia são para:
- macrotia, quando elas têm tamanho desproporcional em relação à face do indivíduo;
- orelhas deformadas em função de lesões ou questões congênitas;
- orelhas proeminentes, também chamadas de orelhas de abano;
- ausência congênita de orelhas.
Nesse contexto, qualquer cirurgia que vise trazer mais simetria, proporção e adequação às orelhas é chamada de Otoplastia. Portanto, ela pode ser de pequeno a médio porte, dependendo de qual a sua finalidade.
Infelizmente, boa parte dos pacientes procura pelo procedimento por questões emocionais causadas pelo bullying. Interferências na autoestima e no emocional do paciente o qualificam a passar pelo procedimento.
Como é a cirurgia de Otoplastia?
O procedimento é relativamente simples, dependendo do caso. A correção de orelha de abano é mais rápida do que uma reconstrução, por exemplo. No geral, a cirurgia dura em média 1h30, com anestesia geral e sedação.
5 mitos e verdades sobre a Otoplastia que você precisa saber
A Otoplastia é um procedimento estético e reparador que pode proporcionar mais qualidade de vida ao paciente. Antes de passar pelo procedimento, é preciso estar ciente do que ela é capaz de trazer, além de suas necessidades pré e pós-cirúrgicas.
Conheça 5 mitos e verdades por trás da Otoplastia:
1. Só é possível fazer Otoplastia depois de adulto
Mentira. Ao contrário de outras regiões do corpo, as orelhas se desenvolvem muito cedo. Crianças a partir dos 5 anos já são elegíveis para passar pela Otoplastia, já que a orelha já está totalmente formada e quase do tamanho da de um adulto. De qualquer maneira, o cirurgião vai avaliar previamente como está a formação da cartilagem para ter certeza de que a criança pode passar pela cirurgia.
Lembre-se de que a criança só deve passar pela Otoplastia se o problema atrapalhar a vida dela de alguma forma. Por exemplo: os pais podem ver alguma desordem estética com as orelhas de abano, mas a criança não. Se essa proeminência não a incomoda, não é essencial passar pelo procedimento cirúrgico, já que ela não interfere na audição.
A própria Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP) recomenda que a cirurgia só seja feita por vontade do paciente, e não para se adaptar a um ideal de beleza de outras pessoas ou corresponder a um tipo de imagem ideal.
Porém, se há uma malformação que cause prejuízo à captação e amplificação dos sons (as orelhas têm o formato arredondado e com ondulações justamente para essa finalidade), há razões além da estética para que a cirurgia seja feita. Portanto, ela é recomendada.
Outras condições essenciais para a criança passar pela cirurgia, segundo a SBCP:
- deve estar em boas condições de saúde e sem infecções crônicas não tratadas no ouvido;
- precisa ser capaz de manifestar suas opções e não ter objeções durante a discussão da cirurgia;
- os pais devem seguir à risca todas as recomendações pré-cirúrgicas.
2. Fumantes não podem passar pela Otoplastia
Depende. Além das recomendações já citadas, os candidatos à Otoplastia não devem ser fumantes ou precisam interromper o uso do cigarro por um bom tempo antes e depois da cirurgia. O cigarro atrapalha o processo de cicatrização, por isso o fumante tem muito mais chances de desenvolver uma infecção da cicatriz pós-operatória.
Alguns dos malefícios do cigarro na cirurgia plástica no geral são:
- os danos vasculares atrapalham a circulação sanguínea e a chegada de nutrientes na área operada. Com isso, a cicatrização é lenta, aparente e com mais risco de infecção;
- a força da expiração da tosse causada pelo cigarro pode promover tensão na área operada e, consequentemente, rompimento dos pontos;
- potencial diminuição dos efeitos da anestesia, pois o tabagismo interfere na resposta do corpo aos medicamentos;
- maior risco a complicações no pós-cirúrgico, como hematomas e necrose.
Levando todos esses pontos em consideração, o indivíduo precisa estar ciente de todas as complicações que o cigarro pode causar até nas cirurgias de pequeno e médio portes, como a Otoplastia. Além disso, é essencial que o paciente divida com o cirurgião todo o seu histórico de fumante — quanto tempo ele fuma, quais complicações teve por conta do vício e como anda seu estado de saúde, por exemplo.
Como visto, o paciente fumante até pode passar por uma cirurgia, mas deve interromper o hábito de fumar tanto antes quanto depois do procedimento. Não há consenso sobre o tempo de interrupção do cigarro, mas é provável que o paciente precise parar por, pelo menos, um mês, mesmo em procedimentos de pequeno porte. O ideal é conversar com um médico.
3. Menores de idade precisam de autorização para fazer Otoplastia
Verdade. Menores de 18 anos são considerados dependentes dos seus responsáveis, por isso precisam de autorização para passar pelo procedimento — mesmo que seja apenas para correção de orelha de abano.
4. Orelhas de abano podem voltar depois de algum tempo
Verdade, mas não é comum. A recidiva da orelha de abano ocorre, principalmente, se houver rompimento dos pontos, hematomas e infecções no pós-operatório. Por isso, é muito importante que o paciente mantenha os cuidados recomendados pelo médico e faça uma avaliação após seis meses.
Além disso, há uma certa tendência da cartilagem mais “dura” voltar à posição original. Contudo, as chances de que isso aconteça são baixas, portanto você pode fazer sua cirurgia de correção sem grandes preocupações. E sempre procure por um profissional qualificado e com experiência.
Segundo um estudo feito em 2016 chamado Complicações em Otoplastia observou 60 pacientes que passaram pela cirurgia. Apenas dois deles (3,3%) passaram pela recidiva.
Caso a orelha volte a ser de abano, é possível fazer uma Otoplastia secundária. Nesse caso, o cirurgião usará técnicas que deixem essa cartilagem mais maleável e diminua as chances de que haja uma segunda recidiva.
5. Otoplastia pode prejudicar a audição
Mito. Ao contrário: pode até auxiliar, se a intenção for a reconstrução. A cirurgia é feita totalmente na parte externa (orelha) e em nada prejudica a interna (ouvido). E, como dito, ela pode até melhorar a audição em casos muito específicos, já que o pavilhão auricular capta e canaliza os ruídos. Um exemplo: quando o indivíduo sofre com a orelha tampada pela cartilagem, a cirurgia ajuda a ouvir melhor, já que a condição pode afetar a captação do som.
6. Crianças e adolescentes não são os grupos ideais para a cirurgia
Mito. Os mais jovens formam justamente o grupo mais tranquilo de pacientes a passar pela Otoplastia, já que dificilmente têm algum tipo de patologia que interfira no sucesso do procedimento.
É preciso, contudo, estar com as expectativas alinhadas. Por exemplo: a cirurgia não deve ser feita para se parecer com um artista ou influencer. O paciente precisa ter ciência de quais os limites do próprio corpo e do potencial resultado que a Otoplastia vai oferecer.
7. É preciso evitar o sol no pós-operatório da Otoplastia
Verdade. Primeiramente, o sol desidrata e resseca a pele, e a perda de água atrapalha na cicatrização. Além disso, quando o corpo esquenta, o calibre dos vasos sanguíneos aumenta, o que faz com que a região receba mais líquido. Isso também pode fazer com que a área fique inchada.
Por fim, tanto o inchaço quanto o ressecamento dificultam a junção das áreas separadas durante a cirurgia (bordas da incisão), causando uma pressão sobre os pontos que pode causar seu rompimento.
8. Não há contraindicações para Otoplastia
Mito. Assim como qualquer cirurgia, a Otoplastia também tem suas contraindicações. Conheça algumas:
- problemas de cicatrização: se o paciente tem predisposição a queloides, cicatrizes hipertróficas ou cicatrização lenta, isso pode interferir no resultado da cirurgia;
- exposição excessiva a raios solares: é preciso que o paciente fique pelo menos 30 dias sem se expor ao sol. Se o seu trabalho é externo, deixe para fazer a cirurgia no período de férias;
- doenças autoimunes: a policondrite recidivante é uma patologia inflamatória que afeta áreas cartilaginosas, como a orelha. Portanto, o paciente pode ter problemas durante o pós-operatório.
Na hora da consulta, é fundamental relatar todos os problemas de saúde que você possa ter. Não precisa ter vergonha: essa conversa sincera entre cirurgião e paciente pode evitar problemas sérios durante a cirurgia e no pós-operatório.
Como visto, a Otoplastia é um procedimento cirúrgico que pode auxiliar quem tem baixa autoestima por conta das orelhas. Além de corrigir diferentes deformidades, ele também auxilia em questões específicas da audição. Por fim, é muito seguro: toda a cirurgia é feita apenas no lado externo, evitando contato com o ouvido.E se você deseja passar pela Otoplastia, entre em contato com a clínica do doutor Flavio Favano. Com atendimento humanizado, você poderá tirar todas as suas dúvidas e contar com profissionais especializados. Conheça!