Imagem de uma mulher pensativa com a mão no queixo

Cirurgia plástica: tudo o que você precisa saber antes de realizar a sua

Para muita gente, a cirurgia plástica é vista como a realização de um sonho. É a chance de ter um nariz mais empinado, abdome reto e o contorno do rosto mais definido. Mas você sabia que o procedimento não se resume apenas ao lado puramente estético? Ele pode, por exemplo, ajudar crianças e adultos a falar e respirar melhor, devolver a mama retirada após um câncer e reconstruir partes do corpo perdidas por traumas ou infecções.

Mais do que deixar uma pessoa mais bonita — afinal, o conceito de beleza é relativo —, a cirurgia plástica ajuda na autoestima do paciente. E essa especialidade abarca uma enorme quantidade de procedimentos. Entenda um pouco mais sobre o assunto:

O que é cirurgia plástica?

A cirurgia plástica é um procedimento de reparação, reconstrução ou alteração que pode ter fins estéticos ou reconstrutivos. É, principalmente, de alterações do revestimento externo do corpo humano, como a reconstrução da pele para tratamento de queimaduras, a rinoplastia, o implante de silicone e até mesmo o transplante capilar.

Muitas vezes vista como fútil, a cirurgia plástica ajuda na autoestima e na saúde de muitos indivíduos. Crianças que passam pela cirurgia de lábio leporino, por exemplo, conseguem ter uma vida mais saudável, pois a fenda afeta negativamente a fala, alimentação e dentição, além de que pode acarretar distúrbios respiratórios. 

Quais os tipos de cirurgia plástica?

Como dito, existem dois tipos de cirurgia plástica: a estética e a construtiva. Neste tópico, vamos entender melhor como cada uma delas funciona:

Cirurgia reconstrutora ou reparadora

É aquela feita com fins de reparação ou reconstrução de partes do corpo humano que tenham sido afetadas por condições dos mais diversos tipos, como alterações congênitas, tratamentos oncológicos, queimaduras, traumas, doenças e cirurgias anteriores. O objetivo aqui é restaurar tanto a forma quanto a função da área afetada e, com isso, devolver a qualidade de vida ao paciente. 

Conheça alguns tipos de cirurgia plástica reconstrutora:

Para deformidades ou condições congênitas

A deformidade congênita é aquela que ocorre na vida intrauterina, ou seja, que se desenvolve durante a gravidez. Pode ser descoberta ainda no útero ou no pós-nascimento.

Algumas condições não são deformidades em si, mas atrapalham a autoestima do indivíduo pela visão ocidental do que é considerado belo. Por exemplo: a orelha em abano não prejudica a audição do portador, mas pode afetar seu bem-estar por conta do bullying.

Além da orelha de abano, algumas condições congênitas reparadas pela cirurgia plástica são:

  • má-formação de membros ou partes do corpo;
  • lábio leporino e fenda palatina;
  • nevo gigante congênito;
  • síndromes craniofaciais.

Para deformidades adquiridas

Já a deformidade adquirida é a que ocorre depois do nascimento por traumas, infecções, doenças autoimunes, acidentes e queimaduras, por exemplo. Alguns dos casos mais conhecidos de cirurgia plástica reconstrutora são para:

  • remoção de excesso de pele e redefinição dos contornos do corpo pós-bariátrica;
  • reconstrução de tecido mole afetado por queimaduras extensas, úlceras de pressão, feridas complexas ou perda de tecido em cirurgias anteriores;
  • reconstrução pós-oncológica em áreas afetadas pela remoção de tumores, como a cavidade oral, pescoço e áreas da pele;
  • fraturas da face (nasal, ocular e mandibular, por exemplo);
  • reconstrução de mama afetada pelo câncer;
  • processos infecciosos com necrose.

Cirurgia estética

É aquela voltada para melhorar a aparência física de uma pessoa de acordo com o que ela enxerga como bonito. Por exemplo: um indivíduo pode desejar que seu nariz seja fino e empinado. Isso não significa que um nariz adunco, que tem a ponte mais proeminente, seja esteticamente desagradável. 

É também fundamental que o cirurgião consiga unir a vontade do paciente às proporções corporais para que o resultado seja harmônico. Ainda no exemplo acima ,ele vai afinar o nariz do paciente sem que ele fique pequeno demais com relação ao rosto. 

Outro aspecto importante é que o profissional não deve afetar a funcionalidade para entrar de acordo com um padrão estético inalcançável. Quem deseja colocar silicone não deve exagerar no tamanho a ponto de prejudicar sua postura.

Alguns exemplos de cirurgia plástica estética populares no Brasil:

  • rinoplastia: cirurgia de pequeno porte que remodela o nariz tanto na parte óssea quanto na cartilaginosa;
  • mamoplastia de aumento: implante de prótese de silicone para aumentar e redesenhar os seios;
  • mastopexia (lifting de mamas) para remodelar os seios e diminuir a flacidez;
  • abdominoplastia: remoção de pele e gordura do abdome;
  • gluteoplastia: para remodelar os glúteos com o uso de próteses de silicone;
  • lipoaspiração: remoção do excesso de gordura localizada em áreas como abdome, coxas, quadris, braços, pescoço e queixo;
  • ritidoplastia (lifting facial): procedimento para suavizar sinais do envelhecimento no rosto e no pescoço;
  • blefaroplastia (cirurgia das pálpebras): corrige pálpebras superiores caídas ou inchadas e remove o excesso de pele, bolsas de gordura e rugas ao redor dos olhos.

A cirurgia plástica reparadora é indissociável da estética — e vice-versa

Todo procedimento reconstrutor também tem como objetivo deixar a região operada esteticamente agradável. Por exemplo: a reconstrução da cavidade nasal visa deixar o nariz com visual natural o máximo possível que a cirurgia e o enxerto/retalho permitirem. Mesmo que fique uma cicatriz, o profissional deve fazer o que puder para deixá-la discreta, assim como orientar o paciente a manter cuidados em casa para evitar queloides, inflamações e infecções. 

Além disso, toda cirurgia plástica estética absorve táticas, estratégias e conhecimentos anatômicos aplicados à cirurgia reparadora.

Qual a idade mínima para uma cirurgia plástica?

Depende de uma série de fatores, como a complexidade do procedimento, a estabilidade da região e as condições de saúde do indivíduo e quando aquela cirurgia poderá ter um melhor resultado. Por isso, depende de cada caso.

Vejamos alguns exemplos:

  • cirurgia do lábio leporino: o bebê pode passar pelo procedimento a partir dos três meses se estiver com boa saúde e dentro do peso ideal;
  • cirurgia da fenda palatina: a partir dos 18 meses;
  • otoplastia: a partir dos cinco anos;
  • mamoplastia redutora: no mínimo quatro anos após a data da primeira menstruação;
  • rinoplastia: segundo a Academia Brasileira de Cirurgia Plástica da Face (ABCPF), a partir dos 15 anos; já a Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP) indica o procedimento a partir 13 anos. Contudo, em meninas é preciso esperar até dois anos após a menarca;
  • cirurgias das mamas no geral: a partir dos 18 anos;
  • transplante capilar: geralmente, entre 30 e 35 anos, mas pode variar conforme a causa;
  • ritidoplastia: tem melhores resultados a partir dos 40 anos.

Quando o resultado da cirurgia plástica aparece?

Depende da área afetada e da complexidade do procedimento. Na otoplastia, o resultado aparece logo no terceiro dia pós-cirurgia, enquanto na lipoaspiração é preciso esperar por seis meses. Por fim, o transplante capilar demora cerca de 12 meses para mostrar o crescimento de todos os folículos reposicionados.

Assim como o resultado, o tempo de recuperação também demora de acordo com a complexidade da cirurgia plástica e a área operada. No geral, demora-se dois meses para que o indivíduo volte a todas as suas atividades cotidianas, mas o ideal é seguir a recomendação médica.

Qual o tipo de anestesia utilizada?

Pode ser a local (associada ou não com sedação), raquimedular, peridural ou geral.

O que são enxertos e retalhos?

Boa parte das cirurgias plásticas exige a reposição de tecido cutâneo na região afetada. É para isso que servem os enxertos e retalhos, pedaços de pele saudável — que podem ser ou não do paciente — usados para restaurar uma região afetada do corpo.

A diferença é que o retalho é uma técnica em que um pedaço de tecido é transferido de uma área do corpo para outra área adjacente que requer reconstrução. Por meio de um pedículo (estrutura que liga vísceras e vértebras ao restante do corpo), ele se comunica com a área doadora, o que vai garantir sua sobrevivência. 

Apesar de exigir mais capacidade do cirurgião, o retalho traz resultados estéticos mais interessantes e naturais.

Já o enxerto é um pedaço de tecido retirado da área doadora para a receptora, ou seja, a que precisa ser reparada ou reconstruída. Ele não conta com pedículos e pode ser colocado em qualquer parte do corpo. Depois de algum tempo, ele desenvolve vascularização própria, estabelecendo um novo suprimento sanguíneo naquela região. Além disso, pode ser do próprio paciente ou de um doador.

É preciso tomar algum cuidado nos anos seguintes à cirurgia plástica?

As consultas no pós-operatório são fundamentais para garantir uma boa recuperação e, claro, uma cicatrização correta. Porém, o tempo de acompanhamento varia levando em consideração os fatores citados nos tópicos anteriores. No geral, ele varia de seis meses a dois anos.

Quando falamos de silicone, é fundamental lembrar que ela não é permanente, por mais que não tenha um tempo de vida útil especificado. Antes de fazer a troca, a paciente precisa passar por um ultrassom, mamografia ou ressonância magnética. Esse procedimento deve ser feito anualmente para verificar como o organismo se adaptou à prótese.

Reconstrutora ou estética, a cirurgia plástica oferece uma série de possibilidades ao paciente. Nesse aspecto, é essencial que ele faça apenas por vontade própria, e não por pressão de terceiros. Além disso, ele deve estar ciente de que não deve buscar por um padrão de beleza inalcançável. Assim, é possível fazer cirurgias bem pensadas, ter expectativas realistas e ficar satisfeito com o resultado. Se você deseja passar por uma cirurgia plástica, conheça o trabalho do Dr. Flávio Favano. São mais de 30 anos de experiência, atendimento humanizado e cuidado com o paciente. Entre em contato e marque sua consulta.

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