Os seios são parte importante da feminilidade. Quando há uma assimetria ou um problema estético evidente, isso costuma afetar a autoestima da mulher. Para que a paciente possa reparar esse incômodo, é preciso passar pela mamoplastia.
Mas a mamoplastia é indicada para quem tem mamas pequenas ou grandes? Quem percebeu a queda dos seios também pode passar pelo procedimento?
Neste texto, você vai conhecer mais sobre o procedimento e quais as suas indicações. Continue a leitura:
O que é mamoplastia?
Qualquer cirurgia que vise à mudança de tamanho ou formato do seio é chamada de mamoplastia. Isso inclui desde o levantamento das mamas (mastopexia) até a cirurgia de prótese de silicone.
Os tipos de mamoplastia variam conforme a intenção do paciente: aumentar ou diminuir mamas, reconstruí-las ou rejuvenescê-las. Conheça um pouco mais sobre cada uma delas.
Quais são os tipos de mamoplastia?
Veja quais as cirurgias apropriadas para a mudança de tamanho e formato das mamas.
Mamoplastia de aumento
Voltada para o aumento das mamas, a mamoplastia de aumento costuma ser a mais popular entre as cirurgias do tipo. No Brasil, essa cirurgia continua sendo a mais popular entre as mulheres. No geral, as próteses são de silicone, mas também podem ser salinas.
Embora seja muito pontuada pelo gosto da paciente, é essencial que o cirurgião seja ponderado na hora de escolher a prótese. Por mais que a mulher queira um tamanho maior, o médico precisa adequar o tamanho à estrutura corporal, já que o excesso de peso pode causar problemas de coluna.
Indicações da mamoplastia de aumento
Toda paciente só poderá passar pela cirurgia de mamoplastia se estiver bem de saúde e abdicar de fumo e álcool — essas substâncias atrapalham a cicatrização e podem causar riscos à saúde.
É preciso lembrar que a mamoplastia não corrige a flacidez dos seios, apenas o tamanho. Para remoção do excesso de pele, é necessário combiná-la com a mastopexia.
Tipos de mamoplastia de aumento
A mamoplastia pode ser feita por cima ou por baixo do músculo. Veja as diferenças:
- subglandular: a prótese fica abaixo da glândula mamária e acima do músculo peitoral maior. É o tipo de formato clássico, em que o colo fica mais alto e marcado;
- submuscular: a prótese fica embaixo do músculo peitoral maior. O formato é mais natural, mas também é dolorido. Costuma ser a escolha mais comum entre pacientes que passaram pela mastopexia.
Além disso, a cirurgia também varia conforme o tipo de incisão:
- inframamária: indicada para próteses de médio a grande porte, a incisão é realizada no sulco infra-mamário. A cicatriz fica escondida debaixo da dobra do seio. Não afeta as glândulas mamárias;
- periareolar: voltada para próteses de pequeno a médio porte, a incisão periareolar ocorre na parte inferior da aréola. É indicada para pacientes que desejam diminuir o diâmetro desse círculo onde fica o mamilo;
- transaxilar: realizada na axila, é voltada para quem deseja evitar ao máximo cicatrizes na mama. Contudo, ela também oferece mais riscos de um resultado assimétrico, já que o médico não tem contato direto com a região do implante.
Mamoplastia redutora
É a cirurgia feita para a redução de mama. Em muitos casos, a paciente desenvolve seios avantajados, que pesam, caem, atrapalham sua postura e a impedem de correr. O excesso de peso curva a paciente para frente, causando desconforto, dores e problemas de coluna.
Outro problema que o excesso de mamas pode causar é o constrangimento por conta de olhares indiscretos. Porém, a paciente jamais deve se submeter a uma cirurgia por influência de terceiros, e sim por vontade própria.
A mamoplastia redutora não é capaz de levantar seios excessivamente caídos. Nesse caso, será necessário contar com uma cirurgia posterior, mas essa decisão será tomada entre paciente e médico.
Indicações da mamoplastia redutora
Veja em quais casos a mamoplastia redutora é indicada.
- as alças do sutiã deixaram depressões nos ombros por conta do excesso de peso dos seios;
- quando os seios estão livres, os mamilos ficam abaixo do sulco da mama;
- o peso dos seios também causa dores nas costas, pescoço e ombros;
- a pele abaixo do sulco das mamas fica constantemente irritada;
- o peso faz com que a paciente se curve para frente;
- os seios estão flácidos e caídos.
Mulheres que pretendem engravidar
Na hora da anamnese, a paciente precisa ser muito sincera com o cirurgião. Afinal, a mamoplastia redutora mudará sua rotina por completo. Um dos fatores mais importantes é para quem deseja ter filhos: a cirurgia pode prejudicar sua capacidade de amamentar. Isso ocorre porque o médico retira parte do tecido mamário na cirurgia e, com isso, retira-se também parte do tecido glandular mamário, principal responsável pela produção de leite.
Antes de passar pela mamoplastia redutora, portanto, converse sobre isso com o médico para que, dependendo dos planos, a cirurgia seja modificada ou adiada.
Reconstrução da mama
Voltada para quem passou por uma mastectomia (retirada cirúrgica de toda a mama), a reconstrução visa à restauração da mama considerando forma, tamanho e aparência.
As mamas simbolizam parte da aparência considerada feminina. Quando o câncer de mama obriga a paciente a retirar todo o seu seio, sua autoestima fica abalada. Nesse contexto, a cirurgia de reconstrução de mama vem para reparar essa questão da aparência.
Obrigação por Lei
A Lei da Reconstrução Mamária (nº 12.802/2013) que atualizou a Lei nº 9.797/1999, determina que a reconstrução pode ser feita logo após a mastectomia, como uma cirurgia associada, se a paciente apresentar condições clínicas. Caso contrário, assim que tiver os requisitos necessários segundo a avaliação médica. Portanto, se a mulher passou pela retirada, tem por lei o direito da reconstrução conjunta.
A Lei garante a reconstrução tanto pelo Sistema Único de Saúde (SUS) quanto pela Agência Nacional de Saúde (ANS). Isso significa que não apenas as instituições públicas, mas os planos de saúde também são obrigados a oferecer cobertura para a mamoplastia de reconstrução. E se o câncer ocorre nas duas mamas, a garantia é a mesma.
Tipos de cirurgia reconstrutora
Para que uma reconstrução de mama seja feita, é preciso retirar pele, gordura e fibra de outras partes do corpo. As técnicas variam conforme o local de retirada. Veja:
- Retalho miocutâneo do músculo reto abdominal (TRAM): retira os tecidos da parte inferior do abdome, mantendo-os presos à região abdominal para manter a vascularização;
- Retalho perfurante da artéria epigástrica (DIEP): retira tecido adiposo da barriga, com uma microcirurgia para ligar os pequenos vasos. Não utiliza músculos;
- Retalho do músculo grande dorsal (MGD): rotação de retalho ou músculo das costas para o mesmo lado da mama que será reconstruída.
Para escolher a cirurgia ideal, o médico examinará a quantidade de tecido disponível, o tamanho ideal de mama e, claro, a saúde do paciente. Além disso, a reconstrução pode contar também com implantes ou com a junção de tecido e silicone.
Mastopexia
Também chamada de lifting de mama, a mastopexia é uma cirurgia voltada para reverter a ptose (queda) mamária.
Com o passar dos anos, é comum que os seios caiam. Para muitas mulheres, essa queda natural acontece antes do tempo — ou até mesmo faz parte do desenho dos seios. O problema é que, para muitas delas, isso afeta a autoestima. O lifting vem para levantar essa pele e trazer mais sustentação.
Como é feita a cirurgia
O cirurgião faz incisões para remover o excesso de pele e reposicionar o tecido mamário. Ele também fará ajustes no mamilo e na aréola para dar a impressão de seios levantados. Todas as modificações consideram o desenho natural das mamas e a estrutura corporal da paciente.
As cicatrizes ficam localizadas em locais estratégicos, como o sulco abaixo das mamas e nas aréolas. Com isso, a paciente não precisa se preocupar com marcas visíveis pós-cirurgia.
Tipos de mastopexia
Há dois tipos de mastopexia:
- clássica: ocorre apenas com a reparação da flacidez e remoção do excesso de pele. O cirurgião vai elevar os seios e os mamilos, além de reposicionar o tecido mamário, mas sem alterar o tamanho;
- com inserção de prótese: além de corrigir a flacidez, o médico também fará o implante de próteses de silicone. Contudo, se a prótese for muito volumosa, ela deve ser implantada até 3 meses antes da mastopexia;
Assim como a mamoplastia de aumento, a mastopexia também pode variar conforme a incisão. Veja:
- periareolar: incisão ao redor da aréola, para casos onde a remoção de pele será menor;
- em L/periareolar e vertical: para uma remoção maior de pele e levantamento das aréolas. A cicatriz fica abaixo do sulco dos seios, com um formato de L;
- em T invertido: utilizada em casos onde é necessário fazer uma grande retirada de pele, a cirurgia deixa uma cicatriz em formato de T logo abaixo do sulco dos seios;
O que saber antes da mastopexia
Antes de passar pela cirurgia, a paciente precisa saber que a cirurgia não vai aumentar significativamente o volume nem preencher o colo dos seios. Aqui, o maior objetivo é elevar seios que caíram por motivos diferentes, como amamentação, oscilação de peso, envelhecimento e hereditariedade.
Mamoplastia reparadora
É voltada para reparar assimetrias no seio — quando um é maior ou mais alto que o outro, por exemplo. Além disso, também faz ajustes nas aréolas.
Não há uma técnica específica para esse tipo de cirurgia; ela varia conforme as necessidades do paciente. Em alguns casos, será preciso remover tecido mamário; em outros, colocar implante de silicone em uma ou nas duas mamas. Assim, a paciente terá simetria enquanto estiver em pé ou deitada (o procedimento deve pensar na naturalidade dos seios independentemente da posição).
Como visto, há diferentes tipos de mamoplastia — cada uma para um caso específico. Se você deseja passar por um desses procedimentos, converse com um profissional experiente e com atendimento humanizado.
Com mais de 30 anos de experiência, o Dr. Flávio Favano é o profissional ideal para realizar sua mamoplastia. Entre em contato com a clínica e marque sua avaliação.