mulher apontando para o olho esquerdo

Tipos de Blefaroplastia: conheça os três

A cirurgia de rejuvenescimento do olhar mais famosa atualmente é a Blefaroplastia, que remove excessos na região para deixá-la com uma aparência mais jovem e descansada. Entender suas funcionalidades e aplicações é fundamental para saber se ela se aplica a seu caso. Mas você sabia que há diferentes tipos de blefaroplastia?

Seu olhar afeta bastante o semblante de um indivíduo. Para quem deseja ter a aparência mais descansada e jovem, uma cirurgia na região pode trazer resultados eficazes. Entenda agora o que é e quais são os tipos de blefaroplastia.

O que é blefaroplastia?

É a cirurgia para a retirada do excesso de pele das pálpebras.

Com o passar do tempo, é comum que a pele perca o colágeno — proteína mais importante do corpo, representando mais de 30% desse tipo de substância no nosso organismo. Ele é fundamental para a constituição das fibras de sustentação dos tecidos do corpo, como órgãos, tendões, músculos e articulações.

Além disso, o colágeno contribui para a elasticidade e resistência da pele, ou seja, a capacidade de se “esticar” e voltar para o estado original depois de uma movimentação muscular.

Outra perda fundamental é a de elastina, principal proteína das fibras elásticas. Quando unida ao colágeno, mantém a pele firme, elástica e resistente. 

O organismo para de produzir elastina ainda na puberdade; já o colágeno diminui principalmente a partir dos 30 anos. 

Com a diminuição das proteínas que dão sustentação aos tecidos, é normal que a pele não consiga mais voltar ao estado original. Com isso, ela “cai” com o tempo, provocando rugas, marcas e excesso de flacidez. 

Mas, acredite, há mais de um tipo de blefaroplastia. Afinal, as condições distintas de cada paciente e o avanço da tecnologia permitem que um procedimento possa ser feito de diferentes maneiras.

Ptose x dermatocálase

A pálpebra caída não é, necessariamente, um problema causado por excesso de flacidez. Na verdade, o nome desse problema é ptose, uma condição em que a pálpebra superior é caída e atrapalha a visão do indivíduo a ponto de ele ter que jogar a cabeça para trás para enxergar melhor. Pode ser um problema tanto congênito quanto adquirido, principalmente com o envelhecimento.

A ptose pode prejudicar tanto um quanto os dois olhos do paciente. O tratamento depende do fator causador da queda da pálpebra.

Quando a indicação é cirúrgica, o paciente precisa passar por um procedimento de correção palpebral, não pela blefaroplastia. Porém, ambos os procedimentos podem ser feitos ao mesmo tempo, caso o indivíduo tenha excesso de pele palpebral e bolsas de gordura. Assim, além da melhoria na visão, ele também ficará com a região rejuvenescida. 

Já dermatocálase é o nome clínico do excesso de flacidez das pálpebras, que podem acometer tanto as superiores quanto as inferiores. Elas ocorrem principalmente pelo envelhecimento, como você viu. Porém, há outras causas por trás do problema.

A região dos olhos é mais suscetível ao envelhecimento?

Sim. Isso ocorre porque a pele da pálpebra é mais fina, sensível e, em algumas pessoas, também costuma ser mais seca. Outro aspecto importante é que ela também conta com menos glândulas sebáceas para auxiliar na hidratação. 

Por fim, a musculatura da região é bastante forte e constante — é só pensarmos como o ato de piscar é feito automaticamente, sem que percebamos. Consequentemente, a movimentação facial faz com que surjam rugas dinâmicas, ou seja, formadas pela contração muscular. 

O que causa a flacidez da pálpebra?

É preciso entender, porém, que a dermatocálase pode ser adiada. Indivíduos com bons hábitos conseguem manter a região firme por mais tempo. Quem usa protetor solar, por exemplo, costuma ter uma pele mais firme e retardar esse tipo de condição.

Você provavelmente, porém, já viu um indivíduo que, embora ainda novo, tem uma pele com marcas, linhas e rugas que não são muito comuns para a idade dele. Falta de proteção contra radiação ultravioleta, o excesso de consumo de álcool, poluição ambiental e fumo são condições que aceleram o envelhecimento da pele. 

Mesmo que você opte por um dos tipos de blefaroplastia, é fundamental entender quais costumes podem acelerar o processo de envelhecimento da região das pálpebras. Veja:

Excesso de exposição ao sol

A luz solar é fundamental para a manutenção da saúde. Quinze a vinte minutos diários de exposição sem proteção solar ajudam o organismo a metabolizar a vitamina D, que fortalece o sistema imunológico, melhora a qualidade do sono e favorece a absorção de cálcio e, consequentemente, proporciona ossos mais saudáveis.

Os horários de menor radiação solar (início da manhã e final da tarde) produzem menos vitamina D que os horários de pico (entre 12h e 14h).

O problema vem quando essa exposição ultrapassa esse horário e, ainda por cima, sem proteção solar. A radiação ultravioleta atinge tanto superficialmente (raios UVB) quanto profundamente (UVA). Com isso, além do envelhecimento precoce, o indivíduo pode ter queimaduras, lesões e até câncer de pele.ele

Não uso de óculos de sol

Como visto, o excesso de exposição solar acelera o envelhecimento da pele, consequentemente da região dos olhos. Porém, não é apenas dessa forma que o sol prejudica as pálpebras.

Quando um indivíduo olha em direção à radiação muito forte, é comum que ele cerre os olhos. Acredite: essa movimentação contribui para o envelhecimento. Usar óculos de sol ajuda a enxergar com mais facilidade em dias de sol muito forte, evitando o semicerrar  dos olhos e, consequentemente, o surgimento de pés de galinha.

Tabagismo

O hábito de fumar traz uma série de malefícios — e isso inclui o corpo por completo. Problemas nos órgãos, doenças no aparelho respiratório, maior porosidade dos ossos e enfraquecimento/amarelamento dos anexos cutâneos e pele surgem por conta do hábito. Neste último caso, o mais comum é notarmos que a epiderme de pessoas que fumam costuma envelhecer mais rapidamente. Isso porque o fumo prejudica a renovação celular e reduz, segundo estudos científicos, a produção de colágeno em mais de 40%.

Também é comum que os fumantes apresentem o famoso “código de barra” — nome popular para aquelas linhas que se formam logo acima do lábio superior. Elas são uma consequência da repetição de movimentos dos músculos ao tragar. 

Sono de má qualidade

É durante o sono que o corpo repara células que sofreram algum dano, incluindo as cutâneas. Quando o indivíduo não dorme o suficiente, o organismo não tem tempo de fazer esse reparo, o que acelera a flacidez.

Além disso, quem não dorme o suficiente sofre com o aumento de cortisol, o famoso “hormônio do estresse”. Responsável por deixar o indivíduo alerta, o hormônio também pode quebrar o colágeno da pele, piorando o quadro da pele.

Genética

Apesar de manter bons hábitos, o indivíduo pode sofrer com a pele envelhecendo precocemente. Sim, a genética também pode interferir nesse aspecto. Mas não se preocupe: se esse for o seu caso, a blefaroplastia pode devolver a aparência jovem para as suas pálpebras.

Quais são os três tipos de blefaroplastia?

Entenda em quais regiões o procedimento pode ser feito.

Blefaroplastia superior

Neste tipo de blefaroplastia, a intervenção é feita apenas na pálpebra superior, ou seja, na pele que fica abaixo da sobrancelha e acima dos cílios superiores. A região, aliás, evidencia o aspecto de envelhecimento da pele quando perde o tônus.  

Essa cirurgia remove o excesso de pele da pálpebra móvel e ainda levanta o olhar. Além disso, retira as bolsas de gordura presentes no canto interno.

Para fazer essa cirurgia, o cirurgião precisa levar em conta o formato natural dos olhos do paciente (lembrando que as assimetrias de anatomia podem deixar um olho diferente do outro). Assim, ele considera o quanto de pele deve ser retirado e se há necessidade de mexer nas bolsas de gordura, pois quem tem o olho naturalmente fundo não será beneficiado com essa remoção.

Outro aspecto importante é que a flacidez da pálpebra também pode ser causada pelo estiramento do tendão do músculo responsável pelo ato de piscar. Com isso, a cirurgia também pode envolver o reparo dessa estrutura fibrosa.

Blefaroplastia inferior

É cirurgia feita na feita na pálpebra inferior, logo abaixo dos cílios inferiores, que traz mais a impressão de olhar cansado. O cirurgião também pode remover tanto o excesso de pele quanto a gordura. Em pacientes jovens, por exemplo, o “inchaço” aparente na região pode ser apenas o volume causado pelas bolsas.

Aqui, o cirurgião faz um corte abaixo dos cílios inferiores para remover ou redistribuir qualquer excesso que haja na região — incluindo pele, músculo e gordura. Por fim, realiza a sutura. 

E a cicatriz? Depende da técnica empregada. Na blefaroplastia feita via transconjuntival (corte interno), não há cicatriz visível, pois a lesão não é feita na parte externa da pele. Já na técnica transcutânea, ela fica logo abaixo dos cílios inferiores, tornando-se praticamente imperceptível.

Blefaroplastia completa

É a combinação dos dois tipos de blefaroplastia anteriores, o que facilita a rotina do paciente e traz um resultado eficaz com muito mais rapidez. 

Novamente, o cirurgião vai levar em conta a necessidade do paciente. Quem precisa de uma blefaroplastia superior não deve, necessariamente, passar pela inferior também. Contudo, a união dos dois procedimentos otimiza os resultados caso o indivíduo esteja insatisfeito com a flacidez do olhar como um todo.

Entendeu como funcionam os diferentes tipos de blefaroplastia? E se você deseja passar pelo procedimento, entre em contato com a equipe do Dr. Flavio Favano.

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